sábado, 22 de outubro de 2011

I Congresso Hispano-Luso de Arboricultura - Dia 2

O dia começou da melhor maneira. Aguardava com alguma ansiedade a apresentação de Ignacio Abella, naturalista e escritor. Uma fabulosa apresentação sobre as árvores monumentais do norte de Espanha, os grandes Castanheiros e os Teixos milenares. Uma apresentação com um excelente conteúdo, um discurso apaixonado e os relatos conjuntos sobre as árvores e todas as histórias que lhes estão associadas.
Ignacio Abella cativou o publicou com a sua apresentação sobre árvores históricas

Logo a seguir, mais uma excelente intervenção do Prof. Jorge Paiva, uma autoridade em botânica no nosso país sendo sempre um prazer assistir ás suas palestras e intervenções. Falou da gestão do arvoredo do Jardim botânico de Coimbra, da sua criação e evolução e sobre as suas espécies raras e exóticas.
O Prof. Jorge Paiva durante a sua intervenção no Congresso de Arboricultura

De salientar ainda a apresentação do livro de Ignacio Garcia Pereda, sobre o ilustre silvicultor e antigo professor do ISA, Mário Azevedo Gomes. O dia terminou com a homenagem a vários silvicultores ilustres de Portugal e Espanha, com particular destaque para a presença de Augusto Sardinha, silvicultor emérito de Portugal.
Terminaram assim os dois dias de apresentações, com assuntos interessantes e temas de grande interesse com autores que espelham a grande paixão que possuem sobre árvores históricas. Os restantes dois dias serão preenchidos com diversas actividades, incluindo visitas guiadas aos vários palácios do parque da Pena, workshops técnicos, exposições e campeonato de escalada de árvores.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

I Congresso Hispano-Luso de Arboricultura - Dia 1

Decorreu ontem o primeiro dia do I Congresso Hispano-Luso de Arboricultura. As apresentações até agora apresentadas aos participantes foram de grande qualidade, destacando uma apresentação de Brian Muelaner, conselheiro para o National Trust em Inglaterra e perito em árvores notáveis. O suficiente para ter uma ideia do que é todo o trabalho que os ingleses fazem à volta de uma árvore monumental, as buscas que continuam a fazer e as imagens que mostram verdadeiros monumentos vivos, entre os quais uma foto da Macieira sob a qual se sentou Isaac Newton.
Brian Muelaner durante a sua apresentação sobre gestão de arvoredo monumental

O resto do dia foi preenchido com intervenções sobre árvores monumentais e a sua gestão nos parques de Sintra e no território nacional. Durante a tarde, houve uma saída de campo onde um painel de 4 oradores escolheu cada um, uma árvore do Parque de Sintra. Acompanhei a visita a provavelmente a árvore mais antiga do parque: uma Tuia-gigante com 160 anos. Foi feita uma análise visual da árvore, incluindo raízes, tronco, casca, ramagem, copa, etc. No fim da visita, fez-se uma análise do que foi visto e tiraram-se várias conclusões.
As raízes expostas da Tuia-gigante foram um dos problemas focados durante a saída de campo

Neste tipo de saídas de campo aprende-se mais em 10 minutos do que numa apresentação de uma hora sobre árvores. Ver, sentir e estar no local, é a melhor forma de aprender.
Se é para aprender sobre árvores notáveis, este é o local certo!